quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O QUOTIDIANO



Estou pensando...
Bate o tamborim...

A vida desfila...
Toca o flautim...

Ai de mim...

É o fim...

REFLEXÃO





A vida palpita,
torce e se retorce
por entre a fumaça das chaminés.

Pouco a pouco,
a vida passará
e restarão as chaminés,
a fumaça das chaminés
na forma de cogumelos
redondos e letais.

Alguém, então, perguntará,
e talvez, não terá resposta,
onde o homem que pensava,
fazia versos,
abraçava flores,
traduzia modinhas
para o menino
recém-vindo com as mãos
cheias de pandorgas
e verdes balões de festas?

A rosa dos cogumelos
roxos e vermelhos

marcará a história das chaminés.

O VÔO DA ESPERANÇA



Uma canção furtiva
de pássaros em fuga,
interrompe a bulha das ogivas
e o mataclar mortífero,
varrendo do espaço, a Estrela:
dos jardins, a flor.

Mas, - fugitivos pássaros,
- dão o compasso
da vida que estertora
em acordes
e reticências finais.

É o vôo da esperança
entre recortes de asas partidas,
no vácuo da Existência.