Por que lamenta o vento tristemente,
Se seu lamento, o vento não sente?
Por que lateja a idílica papoula,
Se o latejar não a fere, ou consola?
Por que a noite sepulta a terra nua,
se ao sepultá-la no céu, vigia a lua?
Por que a vela, como a estrela, se apaga,
se ao bruxulear, seu pavio afaga?
Por que, no homem, Deus soprou a vida,
se o homem, a extinguirá em seguida?
Por que a mão que perdoa é mão assassina,
se ao espangir o bem, do mal é a sina?
Ou, será que esta poesia e cantochão,
é pura quimera, ou pura ilusão?
Nenhum comentário:
Postar um comentário