quarta-feira, 8 de agosto de 2012

QUIMERA, OU ILUSÃO?


Por que lamenta o vento tristemente,
Se seu lamento, o vento não sente?

Por que lateja a idílica papoula,
Se o latejar não a fere, ou consola?

Por que a noite sepulta a terra nua,
se ao sepultá-la no céu, vigia a lua?

Por que a vela, como a estrela, se apaga,
se ao bruxulear, seu pavio afaga?

Por que, no homem, Deus soprou a vida,
se o homem, a extinguirá em seguida?

Por que a mão que perdoa é mão assassina,
se ao espangir o bem, do mal é a sina?

Ou, será que esta poesia e cantochão,
é pura quimera, ou pura ilusão?






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