segunda-feira, 30 de julho de 2012

MINHA LIRA

Quando minha lira
se romper,
pendurai-a ao relento,
num rebento qualquer.

Ouvireis, na certa,
no bolício do vento
e na cantilena da fonte
seu profundo lamento.

E então, sabereis,
que minha lira partida,
pendurada ao relento,
num rebento qualquer,
sabe tudo da vida, da morte,
do mal e do bem-querer.

No entanto, um momento...
Tende muito cuidado;
minha lira é fêmea,
sabe tudo de mulher.

3 comentários:

  1. Olá Domingos,

    Retribuindo-lhe a visita, encontro-me com essa bela poesia. Escreves com uma sutileza incrível. Siga em frente.

    Grande abraço!

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    1. Olà Jucelino.Foi bom.Muito bom.Estou liaonjedo diante de tua apreciação .Em especial ja sabendo de tua cultura e vivência com o BELO ESTÈTICO.Espero que o nosso encontro se repita muitas vezes. Não repare certo lapisso de tempo em responder-te ainda estou na ativa como advogado.Abraço

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  2. Parabéns pelos belos textos, li apenas alguns mas, comfesso que gostei do que li!

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