segunda-feira, 23 de julho de 2012

“O CARROCEL”

Carrossel, gira, gira, gira, gira carrossel... Não é azul, nem de jasmim. É negro e luzidio, de puro pau marfim. Tem rodas robustas, emblemas e bandeirolas. Não é de cirandas e cinderelas pascais. É de ferro, carcaças céreas e letais. Tem carga valiosa; retinas verdes e azuis, nádegas frágeis e juvenis. Não tem pássaros, nem pandorgas, mas lapelas escarlates, crepes e cetins. Carrossel gira, gira, vai e vem, vem e vai, com força, rapidez total, entre alamedas de ciprestes e papoulas outonais. E... o dono do mundo, de fraque, cartola e pincenê comanda a dança das horas em sua redoma de cristal...

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