segunda-feira, 23 de julho de 2012

NÃO PARE, IRMÃO!

Não pare, irmão, de velejar e singrar os mares; Uma concha perdida te oferece uma canção. Não pare, irmão, de povoar caminhos; Veja o céu sem limites, aconchega luz e estrelas, pássaros da promessa e cotovias do perdão. Veja, irmão, as mazelas sangrando, faces rotas e carcomidas, gritando de feridas, lágrimas e suor... Não pare irmão; A hora é de “criar laços”, fazer casulos em pedaços, construir janelas sem ferrolhos e tramelas... Há lamentos profundos nas gargantas famintas, famintas de esperança e pão. Não pare, irmão, que a Estrela Dalva surgiu; Amanhece no barraco; sementes brotam no terraço... É preciso partir, alma pura de criança, face benta em louvação.

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